Reflexões sobre a ansiedade
- Evellyn Sousa
- 26 de abr.
- 2 min de leitura
A solidão, a ansiedade e o vazio podem ser sentidos de maneira muito rica se estivermos dispostos a vivenciá-los e entender o que esses sentimentos movimentam em nós. Muitas pessoas preferem entorpecer a consciência com drogas prescritas ou não, mergulhar no trabalho para não encarar os conflitos familiares ou próprios, ou se entregar as tão comuns compulsões, ao excesso de comida, ao consumismo, dietas malucas, a prática desenfreada de exercícios físicos em busca da aparência perfeita, entre outros, ao invés de se recolher por um tempo, ficar sozinhos e se permitir entrar em contato com os sentimentos mais íntimos e profundos, podendo vivenciar suas dores sem medo, suas alegrias, e saber o que realmente é seu, tudo aquilo que vai dentro de si.
À medida que nos conhecemos e sabemos o que é nosso não precisamos atender às expectativas alheias e assim consequentemente o vazio e a ansiedade diminuíram. Percebemos cada vez mais que o corpo pede por socorro, pede para que seja visto, sentido e ouvido por nós. Vemos isso nas somatizações, que são as doenças sem causa física, com fundo emocional; alergias, problemas no coração, intestino, dores na coluna, cânceres e tudo aquilo que não suportamos pensar ou sentir em nossa alma e que brota em nosso corpo.
Mesmo nos empenhando de corpo e alma em nos conhecer e mergulhar fundo em nosso ser, os sofrimentos ainda estarão aqui, pois nada tira dos seres humanos a dor de existir, porém podemos usar dessa dor para nos fortalecer, e ao passar pelas experiências da vida, ter a capacidade de aprender e nos enriquecer com elas.
Texto de Lívia Peretti Duarte - Os grandes conflitos internos do homem contemporâneo: Solidão, Vazio e Ansiedade
